Olá, sou Paulo
Roberto de Agostinho Moraes, professor de História da rede municipal desde
1988. Sou mais conhecido em Betim como professor Bebeto. Esse apelido nasceu em
1981 quando, vim à Minas participar de um encontro de jovens no seminário dos
frades franciscanos. Um jovem da cidade de Capetinga (MG) me perguntou de onde
eu era. Então respondi que eu era de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Logo ele
disse para os demais jovens que eu era da terra do Roberto Carlos e aí toda vez
que a turma me encontrava me diziam: você é da terra do Bebeto Carlos e a coisa
foi ficando diferente quando eles já estavam se referindo a mim como o Bebeto
da terra do Roberto Carlos...situação que gerou meu apelido ...o curioso que no
Espírito Santo, todos me conhecem como Paulinho, aliás tenho uma colega de
trabalho que me chama de Paulinho, a única e, claro que eu gosto!
Minha História
na Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro começa entre 1988 e 1989. Trabalhar
nessa escola, naquela época era o desejo de muitos profissionais o que ainda
permanece, pois sempre foi um espaço de trabalho onde tudo de bom acontecia,
projetos maravilhosos. Lembro bem, quando trabalhei a noite, da formação de um
grupo musical chamado Bidê, apresentamos
na escola onde cantamos e tocamos
músicas de Odair José, Amado Batista entre outras pérolas, que hoje denominamos
erroneamente de brega...foi muito divertido!
Naquela época
além de História eu dei aulas de OSPB (Organização Social e Politica do Brasil)
e EMC (Educação Moral e Cívica). Nomes extensos, resquícios da ditadura
militar. A reprovação naquela época era algo que não se questionava, as vezes
por causa de décimos.
Nos meus 32 anos
de Raul Saraiva Ribeiro, também fiz parte das Histórias das seguintes escolas:
Francisco Sales, que foi onde iniciei meus trabalhos na rede municipal; Raul
Soares, Maria Mourici, Aristides José, Edir Terezinha e Clóvis Salgado. também
trabalhei na rede estadual, nas escolas Afonso Pena e Amélia Santana Barbosa.
No turno da
manhã, participei de muitos trabalhos como feiras de cultura e as mostras de
talentos, onde a dança, a música marcaram a vida de muitos alunos da nossa
escola. Sempre com a participação efetiva dos profissionais e o apoio dos
gestores.
Em fim,
vivenciei o progresso histórico da nossa escola, onde cada vez mais sentia a
preocupação de todos os profissionais em fazer da nossa escola um espaço de
criação e construção de conhecimento. Atualmente sobre a direção das Julianas
Silva e Melo, gestoras de primeira grandeza, percebo que a Escola está cada vez
mais dinâmica e tenho a certeza de que deixo um pouco da minha história nessa
brilhante escola que é Raul Saraiva Ribeiro.
A instituição escolar é o fator mais importante para a formação das pessoas, é o ponto de maior crescimento e desenvolvimento para um país, e é com muito orgulho que eu represento frente à secretaria, esta instituição chamada Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, à qual tenho grande prazer e carinho por estar todos os dias, ao lado da grande equipe de educadores que, com dedicação, competência e compromisso permitem seguir determinada em busca de um projeto capaz de melhorar a vida das pessoas, na perspectiva da consolidação de um mundo mais justo e fraterno. Dizer que, quando convidada para secretariar na escola, fui por ter a certeza da importância de compor a equipe e não pela minha simples permanência na função de secretária.
Meu nome é Darci Maia da Silva Nishimoto, casada, mãe de duas filhas. Nascida e criada em Betim. Tenho 30 anos de atuação no funcionalismo público na Prefeitura Municipal de Betim. Quando iniciei na rede, fui trabalhar na zona rural, duas escolinhas muito acolhedoras e simples, sendo elas, Paulo Monteiro e Manoel Saturnino, Aroeiras e Charneca, respectivamente, onde passei a ser diretora através de processo de eleição. Anos depois trabalhei na E. M. Fernão Dias, casa amarela, atualmente com o nome de E.M. Carmelita da Mata. Logo após recebi um convite para ir para o Clóvis Salgado, onde atuei como vice-diretora, e técnico de secretaria. Em seguida fui trabalhar na secretaria de educação, atuando no setor de comunicação, e posteriormente fui ser tesoureira da E. M. Ana Cândida de Jesus. Trabalhei também na E.M. Barão do Rio Branco, substituindo a secretária em férias.
E agora em final de carreira, estou aqui à convite da atual diretora do nosso querido “Raul”, atuando com secretária. Vencendo a cada dia um obstáculo e contribuindo com a formação de nossos alunos. Desafio aceito e aprendizagem garantida com muita responsabilidade e compromisso.
Sou
Neusa Eli Teixeira, graduada em pedagogia e pós-graduada em leitura e produção
de texto pela PUC Minas. Meu primeiro exercício como professora foi em 1985, na
escola Madre Paula de 1⁰ grau.
No ano de 2000, eu e minha irmã, abrirmos uma escola de educação infantil,
"Coraçãozinho Encantado".
Trabalhei
nela até 2017. Com minha mudança de Belo Horizonte para Betim, ficou difícil
gerenciar a escola. Eu e minha irmã passamo-la para outra pessoa que trabalhava
com educação. Em 2009 iniciei minha carreira de professora na rede estadual na
área de Ensino religioso, onde trabalho até os dias atuais.
Atualmente
no Estado, trabalho como pedagoga no ensino médio e na EJA. Comecei a trabalhar na rede municipal de
Betim em 2016, com Ensino religioso, através de PSS. Já passei em várias
escolas da rede e fui muito bem recebida. Atualmente estou na escola Raul
Saraiva Ribeiro. É maravilhoso trabalhar na Raul. Quando sair, sentirei
saudades. Me orgulho dos profissionais que conheci nessa trajetória.
Professora Cleide
Quando eu estava na fase da adolescência,
estudava no Gigante (Antônio de Assis Martins) e morava próximo a praça do
Brasiléia.
Ficava encantada com o Municipal, pois era assim
que as pessoas se referiam a Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, pois foi a
primeira escola municipal do município de Betim.
Foi construída em tijolo a vista e em
arquitetura colonial, todos os móveis inclusive as carteiras dos alunos eram em
sucupira, o piso era taco. Linda a escola, tudo novinho!
Na época não entendia por que eu e meus irmãos
não podíamos estudar ali, já que era tão pertinho. Mais tarde é que fiquei
sabendo que para estudar no Municipal tinha que pagar uma taxa e meus pais não
tinham condições.
Depois de formada fui trabalhar na Escola
Teotônio Vilela pelo Estado, passado algum tempo consegui ser contratada pela
prefeitura e fui trabalhar na Escola Municipal Adelina Gonçalves Campos na Vila
Recreio.
Com o passar dos anos o salário do Estado estava
atrasando muito e então, abandonei o cargo que eu tinha e passei a flexibilizar
na prefeitura.
Então consegui uma flexibilização na E. M. Raul
Saraiva Ribeiro no lugar da professora Everlaine, pois a mesma iria ficar
afastada no período de gestação. Quando terminoi, algumas semanas depois,
estava eu de volta para substituir a professora Elque pelo mesmo motivo. Elque
entrou de licença para ganhar sua filha mais nova a Tamires.
Quando terminou a flexibilização no lugar da
professora Elque, quem ficou grávida foi eu. Nesse período me encantei com a
escola, então fiz pedido de mudança de lotação. Um mês depois voltei com meu
cargo efetivo, na época jurei para mim mesma que sairia da escola só quando me
aposentasse.
Trabalhei nesse período com a quarta série, os
alunos eram avaliados com nota. Peguei uma turma com alunos inteligentíssimos,
se você não preparasse muito bem a aula, passaria vergonha, os alunos eram bem
preparados em termo de conhecimento.
Logo depois, acabou a seriação e iniciou o
ciclo, foi um período de difícil adaptação.
Das pessoas que passaram na direção da escola,
as que mais marcaram, foram a Ana Maria e Juliana Silva. Na época da Ana Maria,
nós professoras do 2º turno elaborávamos e executávamos muitos projetos
interessantes, como gincana folclórica e olimpíadas, eram feitas camisas
coloridas, tendo cada equipe uma cor, nesses projetos eram envolvidos
professores, alunos e toda a comunidade. Os pais tinham prazer em envolver nos
projetos.
E hoje na atual direção da Juliana Silva,
Juliana Melo e Alfredo, estamos tendo a oportunidade de resgatar momentos
inesquecíveis com o Encanta Raul e eu em minha pequenez tenho orgulho de fazer
parte dessa família, sinto prazer em trabalhar na E. M. Raul Saraiva Ribeiro,
por que eu amo infinitamente essa escola.
Amanda Magalhães Alkmim Thramm
Trabalhar na escola Raul Saraiva Ribeiro há 15 anos nos possibilita algumas percepções técnicas e humanas. Ano após ano ouvir os burburinhos das gerações que adentram o espaço escolar com múltiplas motivações, enredos e angústias nos faz refletir sobre o papel social que a profissão nos impõe.
O diferencial desses percursos anuais numa escola central é verificar a diversidade dos caminhos e as origens desses caminhares. Não se atende uma única comunidade e as muitas que são representadas num único espaço se assemelham á uma cocha de retalhos ou a uma amostragem do censo geográfico. Isso é vivenciar a diversidade na prática e aprender a lidar com as diferenças no dia a dia.
Ver as crianças invadirem um espaço privilegiado com um campo de várzea, mangueiras e jardins não é algo comum aos colegas de profissão. Poucos terão a oportunidade de tamanha prerrogativa. No descobrir de suas histórias e no desvendar de suas expectativas pouco se ensina e muito se aprende.
Como um caleidoscópio que irradia beleza e imagens variadas vamos enchendo os olhos com os encantos da infância. E ao mesmo tempo vemos que o nosso trabalho é irradiado para muitos espaços e se formos bem-sucedidos alcançaremos não um só bairro e sim toda uma cidade.
PROFESSOR GILSON DA SILVA FRANCO
Possuo graduação em Estudos
Sociais (1986) e Geografia (1988) pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (PUC). Sou pós-graduado em Informática Educativa pela Universidade
Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) (2006).
Ainda sobre mim, sou um
professor que procura associar o método acadêmico ao processo lúdico da lida
com os alunos. Não gosto de ficar preso às convenções impostas sobre posições
professor x aluno, acredito que o ato de lecionar é uma troca constante de experiências.
Uns aprendendo com os outros. Procuro sempre estar me atualizando sobre as
transformações que ocorrem no planeta. Prezo sempre pelo bom humor como forma
de tornar as aulas mais leves sem perder o foco do assunto principal a ser
ensinado. Gosto de fazer amizades e trabalhar em equipe. Sou muito grato às
escolas onde trabalhei e trabalho atualmente.
Falando especificamente da
Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, me sinto honrado e, me remetendo ao
passado, onde fui aluno desde o ensino fundamental até o ensino médio, posso
afirmar que cada dia que ingresso na escola é um prazer e uma grande
responsabilidade dar segmento ao trabalho de excelência que é oferecido aos
alunos. Participo de uma equipe de professores da mais valiosa competência, cada
um no seu componente curricular, dentro de um ambiente profissional e
prazeroso. Tenho uma direção comprometida com a qualidade e funcionários da
mais alta estima.
VÂNIA PARREIRAS REZENDE ALVES
Professora efetiva da Prefeitura Municipal de Betim desde 2009 leciona o Componente Curricular Arte.
Possui
graduação em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais –
UEMG/Escola Guignard (2002). Especialista em Ensino de Artes Visuais e
Tecnologias Contemporâneas (2020/EBA) e em História e Cultura da Arte
(2005/FAFICH) pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Especialista em
Metodologia do Ensino de Arte (2020/FBMG), em Educação Especial e Inclusiva
(2018/ISEAT) e em Alfabetização e Letramento (2016/FACIBRA). Capacitada
profissionalmente em LIBRAS (2016/FACIBRA) e pelo CAS – Centro de Capacitação
de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (2010).
Trabalha como professora na Rede Municipal de Contagem desde 1999.
O
FANTÁSTICO MUNDO DAS JOTAS
Por
Juliana Melo
Éramos
jovens e cheias de sonhos... Sonhávamos com um mundo colorido e adorávamos a
ideia de invadir o imaginário infantil... Foi uma daquelas obras do destino...
Da arte... Do encontro.
As Jotas, como éramos conhecidas, orientadas pela pedagoga Erica Batemarque (tão sonhadora quanto nós, risos... Achamos que até mais) formávamos o grupo de alfabetização do Raul... Queríamos ousar... Ler... Colocar em prática... Mas a prática não era um conto de fadas... E tínhamos desafios.
Alguns
alunos apesar de todo o emprenho e entusiasmo não entendiam as regras do jogo
da alfabetização... Era preciso mais... Era preciso entender Paulo Freire,
Emilia Ferreiro, Lucinha Amaral...
O que faríamos? Ela... Com toda a sua sabedoria e experiência nos trouxe a proposta pedagógica.
Erica
Batemarque sugeriu que colocássemos os alunos em pequenos grupos com horários
alternados entre nós. “Tenho certeza que visionaria como é, já fez uma prévia
do que temos hoje no atendimento educacional especializado”.
O local era sombrio... Triste... Foi então que surgiu a ideia da BATCAVERNA... Só os super-herós poderiam frequentá-la. Quanta disputa para frequentar aquela sala. O sucesso foi grande, e as super poderosas ornamentavam aquele ambiente... E a mágica da alfabetização aconteceu por vários anos naquele local, que até hoje faz parte das nossas melhores lembranças.
Quem era aluno das Jotas tinham um encontro marcado com a alegria, organização e magia... Por eles passaram vivamente “Marcelo Marmelo Martelo” rsss. Os alunos acreditavam piamente que Marcelo estava ali... De baixo daquelas mangueiras. Os tão saborosos bolinhos de chuva de Dona Benta... Os tenebrosos Halloweens (Quem não se lembra da festa no castelinho...), as fantásticas festas temáticas confeccionadas pelo saudoso Chico Braga... O jogo da berlinda, onde podíamos conhecer a historia de cada criança através de recordações, um bate papo regado a deliciosas guloseimas... As produções de textos eram incríveis...
A vida fluía mas o destino nos reservava surpresas, Juliana Melo emaranhou-se pelos caminhos da educação especial, especializou-se em atendimento educacional especializado e o trabalho com os surdos sempre foi uma paixão. Juliana Silva com sua organização e capricho por vários anos assessorou diretamente na secretaria municipal de Betim.
Jorlanda encantada com alfabetização foi fazer parte do grupo GEEMPA, pesquisadora e grande conhecedora das teorias da alfabetização...
Novamente o Raul nos uniu...
Cada
uma com sua função...
Mas
sempre com o mesmo objetivo: Dar o melhor de nós para os nossos alunos.
As
Jotas fizeram história e ainda hoje habitam os nossos corações.
ELQUE MOTA
Taurina de 23 de abril, Elque tem um considerável talento, como característica marcante gosta de animação, de estar em meio a um coletivo bem definido e selecionado. Já trabalhou em diversas Escolas Municipais da rede de Betim. Exerceu a Direção da Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, onde ainda atua com seu cargo efetivo.
Grupo de coletivo é um lugar diverso, onde as personalidades são múltiplas e se dedicam à maior de suas habilidades – A educação, Elque F. Mota tem formação em Magistério Normal Superior e Pós - Graduação em Coordenação Pedagógica em Gestão e Supervisão Escolar. Dedica boa parte do seu tempo desenvolvendo seus projetos com crianças, adolescentes e aluno da educação especial.
Uma história de amor e muito respeito revela dentre os talentos de Elque como Professora, a habilidade que tem em administrar a criação dentro do espaço escolar e fora dela produzindo seu trabalho abraçado à sua cultura, às origens, os lugares por onde passou, da alfabetização que aconteceu no Estado da Bahia. A profissão de seu pai não permitia à família se instalar em apenas um lugar, eram um pouco nômades.
“Lembro-me da pronúncia do alfabeto na Bahia: A Bê Cê Dê É Fê Guê Agá Í Ji Lê Mê Nê Ó Pê Quê Rê Si Tê U Vê Xis Zê. Com isso eu tenho um dialeto diferente de Betim e levo essa cultura para sala de aula. Não tem como subtrair.”( Elque)
Além
do que desenvolve em sala de aula, ela cria e produz atividades e jogos para
despertar o interesse das crianças em aprender sempre mais.
O trabalho diária de Elque não lhe tira o sorriso no rosto e ainda comenta que quando tem humor no recreiro, ele se torna mais leve. “Agora que o recreio estava ficando bom deu o sinal, (Sorrisos)”, ela comenta em um momento de descontração no intervalo de 20 minutos de descanso.
Nesta festa Junina ficamos horas seguidas trabalhando e ouvindo o som de seu empenho prático ao ensaiar as quadrilhas, um tempo aproveitado na ressignificação de sua prática.
Através
da ludicidade, do carinho com as crianças e os colegas que Elque enfrenta os
desafios e engendra conhecimento para quem precisa.
Com Certificação em Libras (Lígua Brasileira de Sinais), esta competente professora perpassa seus conhecimentos de formação docente mostrando sua habilidade em comunicar nesse contexto.
Elque também tem Formação para Preservação do Meio Ambiente, numa perspectiva do olhar em Ciências e Matemática, ministrado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Com
a concepção de que a Educação Ambiental é geradora de uma nova maneira de viver
em harmonia com o Meio Ambiente, enveredou-se na pesquisa Matemática, ciências
e Educação Ambiental com o objetivo de incorporar essa temática em sua sala de
aula e também pela relevância social, Elque vai traçando o seu caminho e
contando sua história.
PROFESSORA
SHIRLEI BRAGA
Da roça, acordar de madrugada para pegar o ônibus da empresas Campolina às 5:50 que vinha de Esmeraldas ( para nós Divineia). Chegava à escola por volta de 6:20 h e era recebida por dona Dica. Atenciosa e carinhosa.
Éramos 5 estudantes que após o 4° de grupo continuaríamos os estudos em 'Betim'. Não existia merenda escolar tão pouco livro didático e vale transporte ou transporte escolar do setor público. Para conseguir um vaga na escola ou era por prova de seleção ou por cartinha de vereador. E não era gratuita. Minha mensalidade era Cr $10,00 (10 cruzeiros) .
Como os livros era obrigatório tê-los, meus pais compravam um que era usado a cada ano por todos os filhos. O único autor que me recordo era David Márcio de geografia.
Como
professores tive Gleusa e professor Alberto de Ciências; Moacir e Marli de
História; Tarcísio Lamounier e Nelita de Matemática; Maria Helena Amaral e D.
Antónia de português; Neide Soriane ,inglês; D. Ide e Maria José Brito de
educação física. Professor Raimundo (letra maravilhosa) moral e cívica. Dona
Lurdes Viana e Graça Saraiva eram do SOE. (Serviço de orientação) Diretor prof
essor Francisco de Paula. Estes são os que recordo. Acho que me esqueci de
alguns, perdoem-me.
No ano de 1977 o prédio que abrigava a escola estadual do Decamão estava com sua edificação comprometiva. Nossos pais foram informados q o Colégio Municipal mudaria de prédio temporariamente, para abrigar os alunos do Decamão . Que seríamos transferidos para o prédio do CETAP (na época ainda era conhecido como Gote) até q fosse construído o novo prédio - o "Gigante da Vila".
No prédio do "Cetap" estudei a 7ª e 8ª séries. Além dos professores citados acima tive também Neuza Braz de técnicas industriais e Carlinhos, de práticas agrícolas; Zeneide e Célia de geografia e professor Oel de português. Boas lembranças e saudades.
Em 1990 voltei à escola, já conhecida como E. M. Raul Saraiva Ribeiro, como professora primária de uma turma de 3ª série. Licenciada e concursada retornei à escola em 1996 como professora de geografia, onde pretendo encerrar a carreira de magistério, que amo tanto, com saúde física e mental.
PROFESSOR LUIS CARLOS DE SOUZA
Assim como sua amiga Rosa Del Gaudio, professora em Betim, através de um processo seletivo chamado “Admissão” para quinta-série que aconteceu no Ginásio Municipal de Betim, hoje "Museu" da cidade, Luiz começou cursar a antiga quinta-série e posteriormente foi transferido para um novo prédio que mais tarde seria chamado de Escola Raul Saraiva.
Luiz foi aluno da primeira turma da Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro, o prédio novo. Nesta escola também fez a sexta série e encerrou o restante do primeiro grau no Colégio Comercial Betinense, onde também concluiu o antigo Segundo Grau e o Curso Técnico em Contabilidade.
Luiz considera o “Raul Saraiva”, a sua escola do coração onde foi ex-aluno, ainda professor, foi vice-diretor, diretor. Conta que foi o primeiro diretor eleito da Rede Municipal de Betim em 1986 num período em que não havia eleições para diretores na rede. Ingressou na Prefeitura em 10 de fevereiro de 1981.
Num momento em que passamos por crises institucionais, de valores, de atitudes, num contexto incerto, Luiz acredita que o papel do professor é fundamental, por isso diz que além de seus recursos didático-pedagógicos leva o bom humor onde passa, principalmente na sala de professores onde se prepara para alguns minutos de descanso:
“...pra mim a vida é muito séria para levarmos a sério. Todos tem problemas, prefiro, no meu trabalho, leva-lo da forma mais leve possível. A turma é muito legal e sou assim... Brinco com todos que me permitem brincar e às vezes até comigo mesmo.”
Rir faz bem à saúde. O riso, a alegria, e suas manifestações, são importantes na construção do ser humano. É provado através de pesquisas que o homem melhora quando ri. Henri Bergson escreveu “O riso – ensaio sobre a significação do cômico”.
Há quem acredite que é impossível desenvolver nossas habilidades sem leveza. Autores como Aristóteles, no Liceu, já falava do entretenimento para auxiliar o aluno a encontrar o verdadeiro significado da educação. Um professor aberto, leve, divertido facilita o processo de aprendizagem.
Por outro lado há educadores que acreditam que uma feição “sisuda” corrobora no sentido de uma boa disciplina em sala de aula. O bom humor não é sinônimo de indelicadeza nem de grosseria, muito menos de falta de atitude ou desleixo do professor. É uma situação de acolhimento tanto professor/aluno quanto aluno/professor, próprio de quem conhece e partilha generosidade.
Hoje existe um Betim diferente do tempo da infância de Luiz, dentro de um contexto urbano diferenciado, muito além do Capela Nova. Um lugarejo dentro de Minas Gerais que se transformou numa potência econômica e que muito contribui para história do Brasil.
De cachoeiras, árvores frondosas, gabirobas, ladeiras de paralelepípedos e barrancos, Luiz viu fluir casinhas de janelas coloridas, de adobe, de igrejas, tradições, costumes e um monte de desejo de crescer. Assim foi se fazendo sua história concomitante à história de Betim.
Betim poder ser pequeno no mundo, mas o mundo que representa “Capela Nova” no coração dos nativos é que faz suscitar lembranças e um emaranhados de imagens, como o “ Sete de Setembro”, “As Feiras”, “As Quermesses”, “As Folias de Reis”, “O Congado”, um patrimônio que vai inserindo outros integrantes desse espaço que se modifica a cada dia.
EXPERIÊNCIAS ANTERIORES:
Luiz
começou suas atividades laborativas primeiramente como engraxate, carregador de
sacola no antigo Mercado de Betim. Foi Servente de Pedreiro, Office Boy, Bar
Balconista, trabalhou no Curtume de Betim.
Foi
Diretor da Escola Municipal Raul Saraiva entre 1986 a 1989, 1985 a1999 e Vice –
Diretor nesta mesma escola de 1992 a 1994.
Prestou
serviço na Secretaria Municipal de Educação de Betim – SEMED nos dois primeiros
mandatos de Carlaile Pedrosa. No primeiro mandato foi Chefe de Divisão
Administrativa de Ensino durante o período em que Lourival Emídio foi
Secretário Municipal de Educação.
Foi
coordenador do Setor de Plano de Cargos Carreiras e Salários na Educação (PCCV)
No
Terceiro mandato de Carlaile Pedrosa, Luiz foi coordenador do setor de
Estrutura do Programa Escola Integral.
Lecionou
na Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo.
Lecionou
na Escola Estadual Sílvio Lobo
Lecionou
na Escola Estadual Carlos Lúcio – CETAP
Lecionou
na Escola Municipal Antônio de Assis Martins.
Lecionou
na Escola Municipal Presidente Raul Soares
Lecionou
na Escola Municipal Manoel Saturnino
Lecionou
na Escola Municipal Clóvis Salgado
Lecionou
no Colégio Batista Mineiro de Betim
PROFESSOR MARLON NUNES SILVA
Professor da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Crítica e Geografia Fenomenológica, Filosofia da Linguagem, Sociologia do Consumo, Psicanálise e Literatura. Pensadores como: Nietzsche, Freud, Marx, Adorno, Benjamin, Baudrillard, Heidegger, Galimberti e Milton Santos compõem seus estudos. Atua principalmente nos respectivos seguimentos: técnica, estética, simulacros, artes, fenomenologia, genealogia, Teoria Crítica de Frankfurt e organização do espaço mundial Participa de grupos de pesquisa do Posling/CEFET-MG e da Fafich/UFMG.
Marlon Nunes é também escritor e psicanalista. Possui dois livros publicados: “A solidariedade vai até onde vai o interesse” e “O corpo hiper-real em Crash e a festa tecnológica: sedução, simulação e fragmentação”.
PROFESSOR LÁZARO MARIANO
Nasci em 1968 em Piumhi MG, leciono desde os meus 17 anos, trabalhei em Doresópolis MG, Capitólio MG, Guapé MG até o ano de 1992.
Sou professor em Betim desde 1994, quando me efetivei pelo concurso de 1993, na Escola Municipal Maria Mourici Granieri onde permaneci até 1999 (trabalhando com Jovens e Adultos) e depois nos anos 2007/2008 ( do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental).
Trabalhei na Escola Edméia Duarte de Oliveira de 1997/2009 na qual exerci a função de Vice Diretor de 1998/2001. Nas Escolas Escola Municipal Adelina Gonçalves (2002/2004), Escola Municipal Maria da Penha (2005/2007).
Passei pelas Escolas Fausto Figueiredo, Maria Aracélia, Conceição de Brito, CETAP, Edir Terezinha e estou exercendo minhas funções no segundo turno da Escola Municipal Antônio Tereza dos Santos a partir de 2013.
Fui encaminhado para o primeiro turno da Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro a partir de 2017.
A Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro algum tempo já traz em seu projeto filosófico o objetivo da apresentação de perspectivas e possibilidades que permeiam a educação para surdos em uma proposta educativa bilíngue que renova a visão da prática dos professores envolvidos a cada ano que passa.
Fui para o “Raul” com a intensão de relevar o meu trabalho e amadurecer enquanto profissional, com foco no meu papel como professor no mundo. Nunca tinha trabalhado com surdos e a relevância dessa nova concepção trariam contribuições importantes em minha vida pessoal, nas relações sociais e sobretudo, com outros estudantes de espaços diferentes.
Entendi o processo educacional dos discentes surdos, com a valorização da LIBRAS no projeto da escola e descobri em mim um professor com identidade e cultura presente neste mundo surdo e não sabia.
Fui então experimentar novos desafios e traçar novos horizontes e hoje posso contribuir com satisfação quando me sinto valorizado numa escola onde a preocupação com a auto estima do professor é relevante.
Cotidianamente, experimento práticas educativas diferenciadas para surdos ou não, quando tenho a liberdade de desenvolvê-las e participar com meus alunos livremente.
Um fato importante nessa escola é o afinco com que os profissionais discorrem sobre seus trabalhos, defendendo suas ideias, o que nos possibilita entender melhor a nossa prática e refletir sobre ela.
A Escola Raul Saraiva com o seu trabalho de inclusão, nos inclui também como professores, tanto na temática direta da educação, cultura, lazer, trabalho e saúde e outros temas que valorizam nossos talentos dentro da escola.
Neste
sentido, a concepção de deficiência vem se modificando significativamente no
desenvolvimento de meus trabalhos, o que corrobora em minha satisfação como
profissional desenvolvendo outras habilidades que trago desde a infância e com
condições pra desenvolvê-las sem preconceitos e tabus.