VEM AÍ...O JORNAL DO RAUL!!!

O JORNAL DO RAUL

Professor Marlon Nunes 

implementação do projeto Jornal na Escola: O Jornal do Raul, baseando-se nas teorias citadas e na perspectiva orgânica faz-se necessidade para o conhecimento extra-classe como fonte primária de informação e ligação do currículo com a vida cotidiana dos alunos sendo um importante instrumento de comunicação social. Informar os leitores de assuntos que fazem parte de seu contexto certamente desperta sua curiosidade e seu interesse sobre os fenômenos locais, regionais assim como mundiais. 

O jornal como recurso didático possibilita o trabalho com diversos textos-imagens e desperta nos alunos habilidades de pesquisa, produção, criação, criticidade, interpretação, discernimento, dentre outras (MORAIS; BATISTA; ALVES, 2008). Além de levar informações institucionais e educativas à toda comunidade escolar o jornal surge como oportunidade de proporcionar o enfrentamento da educação orgânica frente a educação reprodutivista.

Na base material, nas condições de produção material da sociedade ergue-se um sistema de relações de força simbólica, que tem como função reforçar ou dissimular as relações de força material.

Exemplificando, podemos citar que há uma construção simbólica de que o insucesso escolar se dá pela “falta de interesse” nos estudos, é por que “não querem nada”, dessa forma ocultando as falhas na estrutura do próprio sistema de ensino. A ideia central dessa teoria está no seguinte enunciado: “[...] todo poder que chega a impor significações e a impô-las como legítimas, dissimulando as relações de força, isto é, propriamente simbólica, acrescenta sua própria força”. (BOURDIEU & PASSERON, 2009). Ou seja, a violência simbólica e o discurso do próprio sistema educacional contribuem para inúmeros fatores: excludentes, individualizantes, frustrantes resultando, na maioria das vezes, apenas em reprodução.

Dessa maneira, a educação é privilégio e mérito daqueles que têm acesso aos bens materiais e culturais da sociedade. A violência material é transferida para o plano linguístico-simbólico, no qual se verifica o reconhecimento da dominação e de sua legitimidade pelo desconhecimento de seu caráter de violência explícita de sua condição megalomaníaca. O Jornal como ferramenta pedagógica contribui como meio de pesquisa para a reversibilidade dessa visão secular.