segunda-feira, 11 de junho de 2018

O SEGUNDO MINICURSO DE NEUROCIÊNCIA NO RAUL

O SEGUNDO MINICURSO DE NEUROCIÊNCIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES DA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DO ADOLESCENTE.

Leonor Bezerra Guerra - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 1986), especialização em Neuropsicologia pela Universidade FUMEC (2001), mestrado em Ciências Biológicas (Fisiologia e Farmacologia) pela UFMG (1991) e doutorado em Biologia Celular pela UFMG (1996). Professora adjunta da UFMG, leciona Neuroanatomia nos cursos de graduação da área da saúde e no Programa de Pós-Graduação em Neurociências do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Realizou pesquisa básica focada nos temas Angiogênese, Psiconeuroimunologia e Sistema Nervoso Periférico e Central em Condições Experimentais e Patológicas. Possui experiência nas áreas de Neurobiologia, Neuropsicologia, Educação Médica e Neurociências e Educação. Coordenadora do Programa de Extensão NeuroEduca, realiza capacitação de educadores sobre as bases neurobiológicas da aprendizagem e divulga as neurociências nos contextos da educação e saúde como estratégia para interação dessas áreas em favor da melhor qualidade de vida.
A Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro através da Gestão Juliana Silva, Juliana Melo e Alfredo Johnson e a parceria da Pesquisadora Leonor Bezerra Guerra, administrou mais uma vez, neste sábado 09 de julho do corrente, mais um Curso de Formação de Professores e demais setores da Escola com a abertura de algumas vagas a outras comunidades escolares.

Professor Lázaro Mariano, Diretora/ Professora Juliana Silva, Professora Catycilene, Vice Diretora/Professora Juliana Melo, Pesquisadora Leonor Bezerra Guerra, Pedagogo/Vice Diretor Alfredo Johnson, Professora Paola, Professora, Professor EJA Cícero, Professor e Vice Diretora da Escola Municipal Maria Cristina Amábile Amaral.
Este Era O Segundo Minicurso De Neurociência E Suas Contribuições Da Na Educação Escolar Do Adolescente.

Durante a exposição da Pesquisadora Leonor Bezerra Guerra, a participação de todos os presentes fizera-nos sentir emoções fortes, o  que corrobora, segundo a Neurociência e outras áreas do saber em novas perspectivas de aprendizado.

Quando estamos aprendendo ocorre no cérebro uma Reorganização sináptica. O cérebro se reorganizar com vistas a um novo aprendizado. Um conjunto de células entram em atividades e colocam o grupo de neurônios em funcionamento novamente. Não é palavra em si, mas uma atividade elétrica dinâmica. Para armazenar o conhecimento é preciso ativar das regiões sempre.

O hemisfério esquerdo entende a linguagem e o da direita entende a prosódia. Entendemos que decorar, memorizar também é um forma de aprendizagem com um nível de compreensão mais baixo.

O aprendizado com a compreensão acontece através do registo de memórias, antigas, recentes e da correspondências entre elas. A Neurociência não usa a palavra  inconsciente!

O cérebro se modifica para nos  adaptar ao meio ambiente e trabalha de forma que o corpo fique mais saudável.

Prazer demais é muito gasto energético e o cérebro satura e nos envia a mensagem do cansaço, o momento de parar.  No caso de drogas como a cocaína há atividade  definida do prazer sobre o ser humano, sendo que o cérebro não entende o momento da saturação, o que acontece com a dependências de drogas.

A emoção é a interpretação do cérebro de seu estado fisiológico o que se entende como Homeostasia.

A participação dos professores foi fundamental na condução dos trabalhos de Leonor, a pesquisadora consegue manter uma troca de energia com o público em momentos sucessivos e o tempo passa sem que percebamos.

Numa das intervenções dos professores, falou-se sobre o físico Stephen Hawking que faleceu em 14 de março deste ano aos 76 anos. A morte do estudioso comoveu o mundo acadêmico e trouxe à tona a importância do  grande cientista e homem extraordinário que conviveu com uma doença incurável, a Esclerose Múltipla (EM). Neste momento Leonor foi nos explicar sobre a “Bainha de Mielina”.

A Bainha de Mielina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas. Estas células são parte do seu sistema nervoso central, que transporta mensagens entre o seu cérebro e o resto do seu corpo.

Se você tem esclerose múltipla, sua bainha de mielina é danificada. Isso significa que seus nervos não são capazes de enviar e receber mensagens como deveriam. Devido a isso, a Esclerose Múltipla pode enfraquecer os músculos, danificar a sua coordenação e causar paralisias.

Quando a bainha de mielina é saudável, os sinais nervosos são enviados e recebidos rapidamente. Mas se você tem EM, o sistema imunológico do seu corpo trata a mielina como uma ameaça. Ele ataca tanto a mielina quanto as células que a compõem.

Quando isso acontece, os nervos dentro da bainha podem ser danificados. Isso deixa cicatrizes em seus nervos – conhecido como esclerose – e que torna mais difícil para eles levarem as mensagens que dizem ao seu corpo para se mover.

Só no sono ocorre neuroplasticidade cerebral.  Sono fisiológico é quando você dorme e acorda inteiro. Para isso é preciso saúde, uma alimentação com vitaminas e sais minerais, um tratamento respeitável ao tempo e pré-exposição ao estímulo.

Se você não usa a sinapse seu cérebro se reorganiza.  É o que ocorre quando há o esquecimento.

O cérebro se desenvolve desde a concepção.  O aluno que chega à escola já vem com informação genética e fatores ambientais.

A neuroplasticidade pode organizar o cérebro do autista.

Há doenças como transtorno bipolar, a esquizofrenia  que tem fatores genéticos que as predispõe. Todos temos genética pra tristeza, mas há indivíduos quem tem essa predisposição com mais inte nsidade, o que ocorre com as depressões e demais doenças psíquicas. Até a capacidade de resiliência  é genética.  O ambiente influência para melhorar ou piorar.

Professor Bárbara, Diretora/ Professora Juliana Silva, Professora Catycilene, Vice Diretora/Professora Juliana Melo, Pesquisadora Leonor Bezerra Guerra, Pedagogo/Vice Diretor Alfredo Johnson, Professora Paola, Professora, Professor EJA Cícero, Professor Lázaro Mariano, Professora e Vice Diretora da Escola Municipal Maria Cristina Amábile Amaral.

As inteligências múltiplas do Gardner não tem comprovação genética.

Leonor frisou que a neuroplasticidade está presente em qualquer ser humano. Que  psicológico ocorre no biológico. Lembrou também que o esclarecimento pode levar ao sofrimento, mas da autonomia.

Apenas 10% dos alunos que não aprendem é problemas de saúde e 90% dos alunos aprendem.  O problema que ocorre com a falta de aprendizagem, são fatores decorrente da intervenção pedagógica, da relações familiares ou o ambiente em que estamos inseridos.

Da importância dos sentidos na aprendizagem falou-se da interasão entre estes  para aprender. Se estiver interagindo com outros sentidos melhoram a aprendizagem, porque faz a associação. Todo órgão do sentido tem neurônio sensitivo.

Cada tipo de neurônio e ativado com uma situação específica. Não aprende se não tiver atenção.  Fazer duas coisas ao mesmo tempo é mito. Há pessoas que tem mais capacidade de alternar atenção. Sem atenção, não há sustentação da memória operacional.

O Hipocampo tem que estar ativo para formar nova memória. As memórias não ficam no hipocampo. Este trata a formação de memórias a longo prazo e de navegação espacial. Nas doenças tais como a Doença de Alzheimer, o hipocampo é uma das primeiras regiões do cérebro a tornar-se danificado e este conduz à perda e à desorientação de memória associadas com a circunstância.

O hipocampo pode tornar-se igualmente tornado danificado com a privação ou a hipóxia do oxigênio, a infecção ou a inflamação ou em consequência da epilepsia de lóbulo temporal. Os Indivíduos com danos no hipocampo desenvolvem a amnésia e podem ser incapazes de formar memórias novas da época ou do lugar de um evento, por exemplo.

Alzheimer fica mais no hipocampo. Alzheimer é a expressão de uma proteína que destrói o neurônio. Tem que ter predisposição genética para que isto pode ocorrer.

Aula expositiva  tem que haver um estudo prévio, nos lembrava a pesquisadora, inclusive das atividades e vídeos prévios que nos enviou antes do Minicurso.

Um aluno com nota ruim que se gaba por isso está tentando buscar núcleo de recompensa. Motivação é fundamental, é a ativação do núcleo acumbente.

Punição é a pior estratégia pedagógica e a disciplina está ligada com o pré frontal.

Colocamos aqui alguns questionamentos dos presentes, sendo que o trabalho foi profícuo e as informações de uma pertinência fundamental em nosso dia a dia. No entanto, há uma infinidade de informações aqui não colocada e as que registramos não responde a totabilidade da grandeza das informações de Leonor Guerra.

Nos minutos finais, Leonor nos sugeriu o livro “Você Sabe Estudar?” do Escritor e Pesquisador Cláudio Moura Castro.

Não por mera coincidência, mas após a exposição saímos comentando sobre o dia e a energia que fluiu naquele sábado de manhã continuou a refletir nossos pensamento do dia e dizer dos trabalhos que estamos desenvolvendo.

Abaixo um trecho do depoimento de nosso aluno Davi Kennedy que deixa claro essa troca de energia tão bem orquestrada pela Pesquisadora e por todos os envolvidos que abraçam essa possibilidade de entendimento do ser humano através da Neurociência como parceira da Pedagogia em nosso fazer diário.

TRECHO DO DEPOIMENTO DE DAVID KENNEDY AOS SEUS COLEGAS SOBRE O PROJETO JOVEM CIENTISTA IDEALIZADO POR ELE.


Davi Kennedy, aluno da Turma B do Sétimo Ano da Escola Raul e idealizador do Projeto Jovem Cientista.
Eu, Davi Kennedy, direi aqui o que sinto ao ver que as maiores notas do C.C.C. foram as maiores da nossa escola no nível 1. Sinto me como uma pessoa que conseguiu atingir seu objetivo, mudar a vida das pessoas! Sinto me emocionado, alegre! Criei este concurso apenas ver os talentos científicos de nossa sala e valorizá-los mas, acabei de perceber que isto os ajudou de uma forma imensa. Através deste concurso, fiz com que Nicolas Andrade, Lucas Cardoso e Karen Carolina exercitassem suas mentes, estudando para a OBMEP. O grande e imenso treino para a OBMEP, o C.C.C., encheu de conhecimento o cérebro de cada um! Fico com muito orgulho de fazer parte dessa história em fazer com que simples alunos comecem a progredir na vida!

Surpreendi-me com o Lucas, uma pessoa muito legal! Craque na bola e também um pequeno "gênio"(risos). Seu raciocínio lógico e rápido me surpreende! Sinto lisonjeado e com muita alegria de conviver com pessoas assim! Nicolas... oh Nicolas! Meu pequeno "Albert Einstein" junto com seu colega Heitor... grandes pequenos gênios! Fiquei impressionado com a Karen, seu raciocínio na resolução das questões e suas sucintas respostas... Tímida por fora, uma grande "gênia por dentro"(risos).

Com estes resultados, provo á todos: Não sou inteligente, eles são! Durante muito tempo fui comparado com Isaac Newton, Albert Einstein... sendo que sou um mero estudante! Não chego aos pés destes grandes talentos!!! Não apenas o Nicolas, Lucas e Karen. Existem muitos outros talentos... matemáticos, geográficos, históricos... sem contar os esportivos! Daniel, André, Yan, Augusto, Breno, Guilherme, Polyana, Samuel... são tantos outros talentos!

(...) Me imagino sendo como Professor, sinto-me na postura de fazer o que posso por meu companheiro, esclarecer dúvidas fazê-lo compreender aquilo que não compreendeu! Nunca penso que vocês tenham um futuro ruim, não! Sempre penso que vocês podem ter um belo futuro, que possam ser pessoas importantes na sociedade!

Enfim, fazendo uma síntese, fico muito orgulhoso de fazer parte da história de futuros grandes gênios! E, novamente repito, não sou o gênio dos gênios! Sou um mero estudante, nem melhor nem pior que ninguém!

Agradeço á todos os alunos, professores, pedagogos, ex-companheiros de sala, ex-professores, pais de alunos que acreditam em mim!


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