sexta-feira, 28 de abril de 2017

MULHER QUE SARA RAIVA


MULHER QUE SARA RAIVA
Lázaro Mariano (Professor de Matemática)
 
Homenagem ao dia da mulher da Escola Raul Saraiva em 08/03/2017
O dia oito de março,
É que nos revela o fato,
Muita reivindicação,
Virou pedra no sapato,
Para não pagar o pato,
Foi por melhor condição.
Maria dos Reis, Álika,
Elque, Cleide e Gisele,
Ilma e Sophia Kátia,
Lorena, Fátima e Keli.

Século dezenove a vinte,
A mulher com seu requinte,
Foi lutar pelos direitos,
E não se fez só ouvinte,
Escreveu pra constituinte,
Mostrou que tem muito peito.
Juliana Melo, Cecília,
Fernanda Martins, Liliane,
Graça, Eden e Marcília,
Fernanda Ribeiro, Eliana.

Fim do século dezoito,
Reprimidas por afoitos,
Em lutar por igualdade,
Em mil novecentos e oito,
Pelo seu voto ser posto,
Foi tratada em crueldade.
Dulcineia e Luciney,
Caticilene e Daniela,
Vandelúcia e Shirlei,
Rita, Fany e Valéria.


Em vinte e cinco de março,
De um mil novecentos e onze,
Fizeram-nas aos pedaços,
De um fogo, não sei de onde,
Sem segurança e espaço,
A tragédia corresponde.
Maria Aparecida, Danielle,
Fátima, Darci e Vânia,
A Solange e Jeciele,
Lorena, Benilde e Tânia.

O fato trouxe mudança,
No trabalho a segurança,
Melhorando as condições,
Pra tratar com semelhança,
Eis uma data que lançam,
Sem outras imposições.
Nadir, Juliana Silva,
Andréa Áurea, Izabela,
Marta Rouzaline e Nysa,
Dona Olga é muito bela!

Em mil novecentos e dez,
Que esse momento se fez,
Aconteceu na Dinamarca,
“O Dia Internacional”,
Ao sufrágio Universal,
A mulher deixando a marca.

Mas foi em setenta e cinco,
Porque demorou tanto,
De se lembrar com afinco,
Depois de correr o pranto,
Foi o dia em que a ONU,
Anunciou já propondo,
Não só um dia de encanto!

De suportar sobrecarga,
Pode até deixa-la amarga,
Em diversos afazeres,
Nem perguntou se podia,
Pela plena luz do dia,
Gente bradando os dizeres.

E Todo mundo já sabe,
Do comercial da cerveja,
Biquíni fatal lhe cabe,
Corpo sem língua que esteja,
Porque nunca dizem nada,
Ao detergente abraçada.

Sabão em pó ou limpeza,
Pra mulher que tem destreza,
Pois não saiu da cozinha,
E quem não vê com clareza,
Tem na verdade a certeza,
Acha mulher coitadinha.

Fúteis, vazias, competitivas,
Rainhas do lar e bondosas,
Há quem diga que está certo,
Dizem de forma jocosa,
De um sistema que até “rosna”
E vai se fazendo de esperto.

Se a propaganda é ruim,
O público alvo é assim,
Vai dizer quem está vendo,
Sem ter a crítica no fim,
Se achar que mulher é assim,
É quem já saiu perdendo.



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