segunda-feira, 12 de junho de 2017

FESTA JUNINA NO RAUL

FESTA JUNINA NO RAUL
Lázaro Mariano
Estandarte de São João por Éden


São festas dos santos populares,
Danças, balões e fogos pelos ares,
Celebração do meio do verão,
São o período centrado no solstício,
Talvez nem saibam o que é isso,
Mas, faz parte da lição.

O de verão no hemisfério norte,
E de inverno no hemisfério sul,
São nessa festa a provar da sorte,
Das comidas típicas, polentas de angu,
Nas celebrações do Norte da Europa,
Festeiro chegando e a mesa já posta,
A sapatear a dança de norte a sul.

De dezenove a vinte e cinco,
E sempre no nosso mês de junho,
Vestido chita e nas orelhas brincos,
Que de tão grandes arrancando assunto,
Datas exatas variam pela cultura,
E nessa festa já tem muita mistura,
Mas se prova de uma vez não acha muito.

E os cristãos a celebram em vinte quatro,
No mês de junho uma festa de homenagem,
São João Batista, considerado o mártir,
O estandarte não falta nessa passagem,
Não é preciso entender do interior,
Basta buscar de dentro o seu calor,
E a certeza de que fará bela viagem.

Dinamarca, Finlândia, Estônia,
Noruega, Suécia e Lituânia,
E tem Letônia, em grande escala na Irlanda,
Na Galiza, em partes do Reino Unido,
Outros países, Canadá, Estados Unidos
Mas por aqui é nosso Brasil que manda.

No Reino Unido pro lado da Cornualha,
Porto Rico, França, Malta e a Itália,
Em Portugal se espalhando para Espanha,
E acontece também lá pela Austrália,
Se percorrer pode ser que a bússola falha,
Já foi bater pros lados lá de Ucrânia.

O JUNINA é que veio de São João,
Pode ser Junho, mas como saber então,
Vá pesquisar e saber da sua história,
O europeu deixou aqui a tradição,
Nosso Brasil é pura celebração,
Pra comungar celebrou nossa Escola.

E as fogueiras fazem parte, a tradição,
De celebrar o solstício de verão,
Ainda hoje é um traço bem comum
Que une todas as festas de quermesse,
Dança quadrilha que jamais você esquece,
Em meio a todos a gente é mais que mais um.

Alguns optam por fazê-la em vinte e um,
E outros topam em fazer no vinte e quatro,
O mês de junho é aquele mais comum,
É o que ajusta a nossa festa como fato,
Nosso Brasil vai vivendo a sua essência,
Vai rebuscando uma cultura sem carência,
Embora tenha modificado o formato.

E comemora a Festa de Santo Antônio,
E tem também a Festa de São Pedro,
São parecidas, não o mesmo que sinônimo,
Mas todas elas vêm trazendo o folguedo,
O cavaquinho, a sanfona e o triângulo,
O reco-reco e viola animando,
É desse rico Brasil que não dá medo!



Estandarte de Santo Antônio por Éden


Estandarte de São Pedro por Éden.

Dança da Fita




A Dança da Fita, manifestação milenar de origem européia, instalou-se em nosso país nos estados do sul, através dos imigrantes no século passado. Essa manifestação é uma reverência feita à árvore, após o rigoroso inverno europeu. Nas aldeias, os colonos, no prenúncio da primavera, realizavam a Dança da Fita para homenagear o renascimento da Árvore. Tradição muito antiga dos povos açorianos, trazida ao nosso país pelos portugueses e espanhóis, é também praticada em outros países das Américas, do México até a Argentina. A coreografia desenvolve-se como uma ciranda onde os participantes que orbitam ao redor de um mastro central, durante a translação em ziguezague, vão trançando as fitas, encurtando-a até que fique impossível prosseguir. Faz-se então o movimento contrario, destrançando as fitas. A coreografia segue o ritmo dos instrumentos musicais, como sanfona, violão e pandeiro. A Dança da Fita tinha sua própria música, uma marchinha acompanhada por violas, rabecas, entre outros instrumentos, por causa da regionalização, passou a ter variações na música e nos instrumentos. No Brasil teve grande popularidade durante as festas de Reis, do Divino, do Natal, do Ano-Novo. Hoje, embora mais rara, ainda é encontrada em vários pontos do país, recebendo nomes diversos, como: trancelim, dança-do-trancelim, dança-da-trança, dança-do-mastro, trança-fita, vilão, trançado, engenho ou moinho. Também chamada jardineira e trança esta dança se disseminou nos estados do Sul. No Rio Grande do Norte aparece no final do bumba-meu-boi, com o nome de engenho-de-fitas. Na Amazônia é parte da dança-do-tipiti.( FonteSecretaria de Estado da Cultura - Alagoas)
Secretaria de Estado da Cultura

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