segunda-feira, 12 de junho de 2017

O FAROL DE MONHEGAN ENCHEU DE LUZ NOSSA ESCOLA...

O FAROL DE MONHEGAN ENCHEU DE LUZ NOSSA ESCOLA...

Como se interpreta uma música no palco, como se lê uma poesia com apropriação da obra sem tomar posse, há possibilidades infinitas de reconhecer um bom trabalho através de releituras – uma homenagem ao artista da obra.


O farol de Monhegan encheu de luz nossa escola...
Parabéns professora Vania pela belíssima releitura da obra de Anitta Mafaltti!! (Juliana Melo)

A Professora Vânia da Escola Raul despiu-se das razões que o conhecimento nos impõe e fez-se compreender junto aos estudantes a leitura da obra de Anitta Malfatti.

Olhar novamente e observar diversas vezes tem uma tonalidade diferente do que seja apenas a reprodução. Segundo Vânia, é preciso exercitar a criatividade.

A releitura nos permite utilizar outras formas de expressão artística como o desenho, a escultura, a fotografia ou a colagem. Vânia usou desses recursos para criar algo novo acessível a todo segmento da escola. Com a criação de um experimento novo a Professora de Arte abraça a fonte de inspiração  e retorna esta ação em reflexão da prática, não para ela mesma e os seus parceiros de trabalho, mas num contexto político-pedagógico que mantem o vínculo de criação latente na escola.

Este trabalho “O FAROL DE MONHEGAN” encheu de luz nossa escola e clareou nosso caminho. Que fosse observando de longe ao deslocar de uma sala para outra, no contato direto com a nova obra e sua exposição quarando às árvores e o chão batido daquele espaço no Raul.

O conhecimento prévio do trabalho e da obra de Anitta, permitiu que Vânia se transportasse à época em que a artista viveu, trazendo aos estudantes, sua biografia, os artistas em que se inspirava, aqueles de seu tempo, a técnica utilizada e muitos apetrechos dos alfarrábios da Professora colecionados ao longo de sua formação acadêmica e no saber cotidiano.

Como no caso de grandes artistas, o professor que usa desse processo, vê-se na prática do outro e conforme o que dizia Paulo Freire, vai revendo a sua. Uma forma de homenagear seus mestres e consequentemente trazem à tona uma discussão aprofundada do assunto com um valor educativo subsequente.

A composição O Farol, obra da pintora Anita Malfatti, situa-se entre as suas obras mais conhecidas, apesar de suas discretas dimensões: 46,5 x 61 cm.
A tela foi pintada na ilha de Monhegan, entre 1915 e 1917, na costa leste dos Estados Unidos, ao ar livre, quando Anita foi aluna do professor Homer Boss, que permitia que seus alunos se expressassem com liberdade, espalhando-se pelo local. Anita retrata o farol da ilha e as casinhas próximas a ele. A pintora traz à tona, nesta obra e em algumas outras, as influências expressionistas aprendidas durante o tempo em que passou estudando na Alemanha. Ela distribui sobre a tela uma infinidade de cores fortes e vibrantes, que repassam um grande dinamismo, como era o estilo expressionista também usado por pintores como Vincent Van Gogh. O céu de O Farol traz uma infinidade de cores, destacando as pinceladas enérgicas e ligeiras da pintora, que passam a sensação de certa agitação, embora embaixo reine tranquilidade. As pinceladas de cor branca levam luminosidade ao céu da pintura. A obra “O Farol” faz parte do Acervo da Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, Rio de Janeiro, Brasil

Vânia, Professora sem alardes, sobre o tronco daquela árvore histórica, foi preparando a exposição com as turmas do 6º A, B, C e D através da “RELEITURA DO QUADRO:  O Farol de Monhegan” de Annita Malfatti.



Assim como  Anitta, “Pintávamos na ventania, ao sol, na chuvarada e na neblina. Eram telas e telas. Era a tormenta, era o farol, eram as casinhas dos pescadores escorregando pelos morros, eram as paisagens circulares, o sol e a lua e o mar..” Vânia e estudantes foram se envolvendo embaixo à sombra, sobre aquele chão batido e a luz do sol circundando a aura de seu trabalho.

A exposição não foi feita numa ilha, mas tal como se caracteriza este nome o trabalho não ficou isolado, todavia apontando o sentido de olhares curiosos no espaço central da Escola Raul. Como fosse Anitta, a Professora Vânia foi fazendo ao ar livre, o que lhe permitiu a expressão dos estudantes com liberdade e assim se espalhando ao entorno daquela frondosa de tempos.




O céu do dia quarado de cores, destacaram este trabalho magistral a pinceladas de estilo, caráter, um trabalho denso e cheio de energias rebuscando a alma num tocar de luminosidade e referência para outras perspectivas.

A arte é o ar...(Trabalho do Designer Gráfico Guilherme Aguiar - Técnico de Biblioteca na Rede de Betim)

"A arte existe porque a vida não basta."

Nenhum comentário:

Postar um comentário